18 de abril de 2024

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Alunos de ETEC de Americana criam sistema digital para vacinação

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Foto Divulgação

Técnicos em Informática querem ajudar outras pessoas por meio da tecnologia.

Tetravalente, BCG, hepatite, febre amarela, tríplice viral. Todas essas vacinas ficam registradas em um pedaço de papel que o usuário deve guardar por toda a vida para ter controle da medicação que tomou. Para facilitar esse monitoramento importante para a saúde de toda a população, os técnicos em Informática Gustavo Baculi Benato e Raíssa Versolatto Faccioli, da Escola Técnica Estadual (Etec) Polivalente, de Americana, idealizaram o Vitae, um software para centralizar as carteirinhas de vacinação.

 

Além de substituir a cartela na qual são feitas as marcações de controle, o programa vai facilitar o momento da triagem nos postos de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outras clínicas que optem por usar o software. Quando o paciente fizer o pedido para tomar a vacina, tudo será registrado no Vitae: nome da medicação, dose, data, se é necessária uma nova aplicação. O cadastro do usuário também vai incluir seu histórico de imunização, permitindo que ele tenha total conhecimento sobre a condição de se sua saúde.

 

“Hoje não existe um sistema no País que unifique isso, que melhore a administração do posto de saúde, otimizando tempo”, conta Gustavo. Segundo o aluno, o trabalho dos profissionais da área também será facilitado pela informatização, já que não será preciso transportar papéis ou fazer anotações manuais. Basta que o usuário seja cadastrado no sistema.

Facilidade

Para o paciente, a promessa é de mais facilidade. Um aplicativo mobile vai reunir as informações atualizadas em tempo real após a vacinação. Dessa forma, ele também receberá alertas sobre a necessidade de novas doses e não precisará mais se preocupar em encontrar sua carteirinha toda vez que for ao posto médico. Caberá à equipe que desenvolve o projeto manter o aplicativo atualizado sobre o calendário de vacinas e as mudanças de nomenclatura das medicações, por exemplo. Os ajustes no código de programação, criado pelos jovens com os conhecimentos obtidos no curso, estão em andamento.

 

Os ex-alunos se formaram em 2016, mais ainda frequentam a Etec de Americana e mantém contato com seus orientadores. “A relevância do projeto é extrema e se eles tiverem oportunidade de aplicá-lo como idealizam, será um grande ganho para a sociedade”, diz Gislaine Gilbina Araújo, professora que apoia os estudantes.

 

Gustavo e Raíssa estão se esforçando para levar o trabalho o mais longe possível, com participações em feiras de ciência e tecnologia. Em março, conquistaram o quarto lugar na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da USP (Febrace). Também já deram entrada no processo de registro de software, para que o modelo não seja copiado.

Paixão pela tecnologia

A possibilidade de dar um sentido social ao aprendizado de informática mudou o destino dos dois jovens. Gustavo era apaixonado por Educação Física e Raíssa queria fazer faculdade de Letras. Os dois foram aprovados na Universidade de São Paulo (USP).  Depois de criarem o Vitae, porém, eles enxergaram a possibilidade de usar seu conhecimento para ajudar as pessoas, especialmente as que necessitam do Sistema Público de Saúde. “Idealizamos o software para o SUS, visando algo social, mas pode ser facilmente instalado em clinicas de vacinação. É um banco de dados em uma nuvem”, explica Gustavo.

 

Os estudantes desistiram de suas metas originais e atualmente cursam Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Eles pretendem se unir em uma empresa para dar continuidade ao projeto.

(Os comentários são de responsabilidade do autor, e não correspondem à opinião do SB24Horas)
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